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Girl Power: conheça a jovem engenheira da equipe responsável pela requalificação da pista principal do Salvador Bahia Airport

16/08/2019

Girl Power: conheça a jovem engenheira da equipe responsável pela requalificação da pista principal do Salvador Bahia Airport

Integrante da equipe técnica à frente do processo que resultou na entrega de uma importante melhoria no Salvador Bahia Airport, a engenheira Paula Lan Goulart é só sorrisos. A jovem de 28 anos se dedicou muito para garantir o sucesso dos trabalhos envolvendo uma equipe de 300 pessoas nas obras de deslocamento das cabeceiras da pista principal do aeroporto, a 10/28.


A mudança traz mais segurança para os voos que decolam e aportam na capital baiana. Isso porque a alteração no posicionamento das cabeceiras permitiu delimitar a chamada RESA – Área de segurança de fim de pista, que é utilizada primordialmente para reduzir o risco de danos a aeronaves que realizam o toque antes de alcançar a cabeceira ou que ultrapassam acidentalmente o fim da pista de pouso e decolagem.


Mas quem é a jovem integrante desse trabalho que impacta tanto nas operações do Aeroporto e na segurança dos cerca de 20 mil passageiros que embarcam ou desembarcam por lá diariamente? Mineira radicada na Bahia, Paula se mudou para Salvador em fevereiro de 2018 para trabalhar nas obras do Aeroporto e confessa que se apaixonou pela terrinha. “Sou hoje a mineira mais baiana que alguém pode conhecer. Amo o clima daqui as pessoas, as comidas. Ganhei até uns quilinhos”, diverte-se.


Casada e mãe de um pet, ela conta que a mudança foi muito boa e se sente feliz e realizada tanto profissionalmente quanto pessoalmente. Mestre em Pavimentação Asfáltica Aeroportuária, Paula conta que o trabalho na pista 10/28 envolveu diversos desafios. “Um deles foi alinhar as necessidades de todos os envolvidos, das obras, do aeroporto, das companhias aéreas e dos órgãos reguladores. Buscamos fazer com que todos estivessem na mesma página”, observa.


O reposicionamento das cabeceiras envolveu uma série de esforços complementares como recapeamento da pista, construção da RESA com cerca de 70 mil m³ de aterro e todo o sistema de drenagem atrelado, instalação de luzes de balizamento de inicio e fim de pista embutidas, colocação de proteção vegetal em torno dos taludes, sinalização horizontal de deslocamento e instalação de placas de sinalização luminosas indicativas.


Outro desafio foi lidar com a complexidade do trabalho, realizado durante a madrugada com horário para iniciar à noite e para terminar no inicio da manhã, para não impactar tanto na rotina de operações e funcionamento da pista nem comprometer os voos agendados. A entrega é resultado de muito suor, dedicação, trabalho incansável e compromisso de toda a equipe. “Planejamos, replanejamos, trabalhamos muito e no final deu tudo certo”.


Num mercado ainda dominado pela presença masculina, Paula diz que existe uma crença na engenharia de que essa seria uma área para eles, que elas não aguentariam a pressão ou saberiam lidar com o trabalho de campo. “Mas não podemos nos intimidar e, sim, demarcar o nosso lugar. Aqui, por exemplo, nunca duvidaram da minha capacidade ou fizeram piadinhas. A mineira aqui é braba”, brinca.


Com a entrega do trabalho na pista principal, Paula afirma sentir bastante orgulho e uma sensação de dever cumprido. “Posso botar a cabeça no travesseiro e dormir tranquila com a certeza de que estamos entregando uma pista segura para os usuários”, conta.

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